sábado, 21 de setembro de 2013

Desfalcado, Bon Jovi se apoia em hits e Jon beija fã na boca

(Foto:Divulgação)
Com mais de duas horas de show, o Bon Jovi encerrou a noite de sexta-feira (20) no Rock in Rio 2013. Mesmo desfalcada do baterista e do guitarrista da formação oficial, os hits da banda tornam o espetáculo um jogo ganho. O show começou à 0h25 do sábado. O momento mais marcante do show foi quando Jon Bon Jovi chamou ao palco uma fã de Campinas (SP) e a beijou na boca.
Emocionada, a subgerente Rosana Guedes até fez backing vocals durante "Who says you can't go home?". Ela subiu ao palco com uma faixa dizendo que havia ido ao show do cantor em 1995 no Brasil.
Em faixas menos conhecidas, houve dispersão e até gente sentada, esperando os maiores hits. Mas a consagração inicial de "You give love a bad name" e final de "Livin' on a prayer" e "Always" bastou para um show grandioso. A banda misturou "I'll sleep when I'm dead" com cover de "Start me up", dos Rolling Stones. 
O Bon Jovi subiu ao palco com um setlist de 20 músicas e mais oito faixas como cartas na manga. Acabou usando apenas uma das extras, a balada "Always". "These days" e "Bed of roses" estão entre as opções adicionais que acabaram ficando mesmo de fora.
Quase Jon solo
O Bon Jovi tocou duplamente desfalcado. O guitarrista Richie Sambora foi afastado da turnê por problemas pessoais. O baterista Tico Torres foi levado às pressas ao hospital para cirurgia na vesícula, poucos dias depois de operar o apêndice, disse a banda nesta segunda. Tocaram no lugar de Richie e Tico, respectivamente, Phil X e Rich Scannella.
O tecladista David Bryan, único membro oficial além de Jon no palco do Rock in Rio, participou do segundo disco do cantor Jon Bon Jovi, "Destination anywhere" (1997). Portanto, o show não ficou muito longe de uma apresentação solo de Jon.
Som baixo
Na abertura do show, com a nova "That's what the water made me", o som começa baixo - pelo menos como se ouvia ao lado esquerdo do palco, mais à frente. Inquieto, Jon puxa "You give love a bad name", com o público cantando mais alto que o som abafado das caixas de som. Ao longo do show, o som ficou mais potente, mas ainda abafado.
O cantor concentra todas as atenções no palco. Faz caras e bocas, brinca de diretor pedindo para apagar as luzes no ritmo da música e abusa de poses como cerrar os olhos e apontar para o horizonte. A cada apontada, centenas de fãs devem acreditar que aquele olhar foi só para elas. Aos suspiros, ele responde com um sorriso mostrando os dentes super brancos. No final, em "Livin' on a prayer", com a voz já rateando, a cara de esforço parece mais autêntica.
Jon faz cara de emocionado até para sacudir as maracas de "Keep the faith". Nesta, o bom solo de guitarra de Phil X mostra empenho e chance de emplacar na banda, caso a pendenga com Sambora não se resolva.
A sequência "Lost highway" e "Whole lot of leaving" é a primeira menos animada. "Não vou gastar muito tempo falando, ainda tem muito por vir", ele diz antes de "It's my life".
Na nova "Because we can", ele faz de tudo para o público cantar junto, mas poucos sabem a letra além dos fãs mais à frente. "Memories", quase acústica, é uma mostra do que o Bon Jovi faz melhor: rock melódico e descaradamente romântico. A boa interpretação não impede fãs de se sentarem, à espera dos maiores hits.
Voz no limite
Jon segue o script e não descuida nem um minuto de comandar a ginástica de mãos para cima, mesmo em músicas mais fracas como "Born to follow". Já "Livin' on a prayer" e "Always", com a voz de Jon parecendo estar no limite, lavam a alma das fãs.
Na saída, Jon falou sobre a ausência do baterista Tico Torres: "Ele esta com raiva de não estar aqui. Mas o medico assegurou que vai estar de volta em uma semana ou dez dias", disse. O público cantou o nome de Tico em coro no fim.
(G1 Notícias)

Nenhum comentário:

Postar um comentário