De acordo com o procurador, o reajuste, autorizado pela Aneel na última terça-feira, 02, entraria em vigor a partir de hoje, mas a Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins) está proibida, através de ordem judicial - que atendeu a pedido do Governo do Estado -, de aplicar o reajuste, sob pena de multa diária.
Ontem, 03, O Governador do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB) enviou um ofício à presidente Dilma Rousseff, expondo os motivos pelos quais o estado considera inaceitável o aumento da tarifa de energia elétrica, que começa a valer a partir desta quinta-feira, 04.
Em nota encaminhada a imprensa, a Agência Tocantinense de Notícias (ATN) afirmou que Siqueira "deixou claro que não aceitará em hipótese alguma a incidência do reajuste".
Indignação
O aumento da tarifa de energia paga pelos tocantinenses foi recebido com revolta pela população. Em Palmas e Araguaína, inclusive, protestos já haviam sido marcados contra o reajuste.
"Atualmente, a produção do Tocantins é de 1.420 mega watts, enquanto seu consumo é de 136 mega watts. Se exportamos 90,43% de energia, porque pagamos tão caro pelos 9,57% restantes???", questiona a servidora pública Zeina El Kadre De Melo Alves.
"Absurdo, com tantos recursos hídricos e impostos que pagamos ainda aumentam a energia. Cadê a redução prometida senhor Siqueira Campos?", pergunta revoltada Paula Régia Magalhães.
Assembleia
O reajuste da tarifa de energia elétrica no Tocantins foi o tema de pronunciamentos dos deputados na sessão vespertina desta quarta-feira, dia 3. Da tribuna, o parlamentar Zé Roberto (PT) anunciou que vai apresentar um requerimento que já conta com a assinatura de 13 colegas de Plenário para solicitar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Celtins.
Entenda
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou durante reunião realizada na terça-feira, 02, o reajuste médio de 11,09% nas tarifas da Companhia Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins).
Para os clientes residenciais, que recebem energia em baixa tensão, haverá um aumento médio de 10,45% nas tarifas, enquanto as indústrias (alta tensão) pagarão, em média, 12,96 por cento a mais.
A empresa, que faz parte do grupo "Rede Energia" sob intervenção da Aneel, abastece, ao todo, 506 mil unidades de consumo nos 139 municípios do estado.
Fonte: REDE - TO
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