(Foto: Débora Ciany/JTO) |
Lopes descobriu que tinha dois úteros ainda durante a adolescência, com 15 anos de idade. Ela teve dois filhos e na última gravidez, dois óvulos fecundaram ao mesmo tempo e se fixaram um em cada parte do útero. A professora contou que ficou surpresa quando descobriu que a gravidez era de gêmeos e de alto risco.
A partir do quinto mês de gestação, Lusangela foi obrigada a licenciar-se do emprego para manter repouso absoluto. Ela deu à luz a dois meninos, Breno e Brayan, no oitavo mês de gestação. Primeiro, nasceu Brayan, com 2.830 kg. Depois, Breno, com 2.430kg. Ambos com 47 centímetros. A diferença de tempo de um para o outro, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foi de dois minutos.
De acordo com o médico obstetra Rodrigo Santana, o parto cesariano foi tranquilo e bem sucedido. "Tive um pouco de medo, mas graças a Deus ocorreu tudo bem”, relatou a mãe.
Alteração genética
Até hoje, apenas dois casos como o da professora foram registrados no Brasil, um deles no Espírito Santo e outro em Minas Gerais. Há relatos também de mulheres com úteros didelfo (dois úteros) nos Estados Unidos e Inglaterra.
A ciência ainda sabe pouco a respeito do assunto, mas Santana explica que o útero didelfo é uma alteração genética que consiste na formação dois úteros, dois colos uterinos e dois canais vaginais. Os óvulos, segundo ele, foram fecundados simultaneamente e gestados em cada útero.
Ainda de acordo com o médico, mulheres com útero didelfo podem gerar normalmente, mas é raro casos de fecundação simultânea, como o de Lusangela, chegarem até o final.
(RedeTO)
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